segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Diário de Viagem: Berlim

Este final de semana visitei pela primeira vez Berlim - já é a segunda vez do marido, mas eu mesma nunca tinha ido. Confesso que minhas expectativas eram, na verdade, médias: meus amigos sempre falaram muito bem da cidade, mas sempre ressaltando bastante a vida noturna, as festas e boates. Como sou uma pessoa que prefere o dia à noite, esse aspecto não me encantou muito.

O que eu na verdade estava ansiosa para fazer era encontrar a Seraphina, amiga de intercâmbio do marido que é a simpatia em pessoa. Ela foi ao nosso casamento no Brasil, sendo que mora na Alemanha, e ainda nos deu um baita presente de casamento do qual falarei mais adiante, pois foi demais! A Phina é incrível, e foi uma verdadeira guia turística em Berlim.
Praticamos muito o alemão com ela, falamos 100% do tempo nessa língua. Quando cheguei estava tranquila, achando que ia só falar inglês o tempo todo, e de vez em quando dar uma embromadinha no alemão, mas fugimos na zona de conforto...

Marido e eu chegamos em Berlim (aeroporto Schönefeld, que é o da Easy Jet), pegamos um trem e um ônibus e finalmente chegamos no hotel, que era relativamente próximo da Alexanderplatz. Chegamos antes do horário oficial de check in, que era apenas às 14h, mas sempre buscamos ao chegar em uma nova cidade largar a mala no hotel para não ficarmos preocupados o dia inteiro com ela. O atendente perguntou meu sobrenome e, ao ouvi-lo, ficou super feliz e disse que para os "brimos" eles conseguiam liberar o check in antecipado, haha. Achamos demais, e ficamos bem mais tranquilos em deixar as nossas coisas no quarto do que na recepção do hotel.

Encontramos logo em seguida a Seraphina na Alexanderplatz, próximo à Fernsehturm.
Ela estava muito animada e empolgada (de novo, que pessoa querida!).
Chegou falando alemão na velocidade da luz, fiquei até um pouco assustada.
Quando alguém é animado comigo, quero mostrar que também estou animada, mas em alemão fica tudo mais complicado. Às vezes fico frustrada de não conseguir transmitir meus sentimentos como conseguiria em outras línguas.

Andamos 25 km (literalmente!!!) pela cidade conversando bastante e visitando os principais pontos turísticos: Fernsehturm, Portão de Brandenburgo, Siegersäule, Schloss Bellevue, Catedral de Berlim, Reichstag, Potsdamer Platz, entre muitos outros!

Comecinho da nossa looonga caminhada em Berlim



Conversas em alemão (socorro!) ao longo do caminho

Em frente ao Reichstag (Parlamento Alemão)


Paramos para almoçar em um local pelo caminho à beira do rio Spree chamado Berliner Republik... Comi Wiener Schnitzel com batatas assadas e bacon. Marido foi no Currywurst com batatas fritas. Ambos são comidas típicas da região da Alemanha/Áustria. Eu adoro! De sobremesa tomamos um sorvetinho num estande na rua.


Wiener Schnitzel e Currywurst: comidas típicas alemãs/ austríacas


De ponto turístico em ponto turístico, não pudemos deixar de visitar também o famoso Memorial do Holocausto. Ele foi construído nos arredores do Portão de Brandemburgo (ficou pronto em 2005). Ele é uma homenagem aos judeus assassinados na Europa e é formado por 2711 blocos de concreto de diferentes alturas. O interessante é que cada pessoa decide o caminho de entrada e de saída. Não há um caminho pré definido ou obrigatório.

Memorial do Holocausto


Não posso deixar de mencionar que no sábado estava um calor fortíssimo!!! Cerca de 35 graus o dia todo, até de noite!

Paramos num Biergarten para tomar uma necessária cerveja Augustiner Weissbier (necessária ao menos para mim, porque o marido e Phina estavam na vibe sem álcool, então se contentaram com água/limonada).

Phina nos mostrou também os arredores da casa dela.
Ela mora próximo a um parque super bonitinho.

Paramos para tomar mais um Schorle/ Limonada na beira do lago... andar tanto no calor não estava fácil! Uma gracinha o restaurante, com luzinhas penduradas e uma vista linda.



Conhecendo o parque perto da casa da Phina


De noite, Phina nos levou para comer num restaurante de "tapas asiáticas" chamado Friends&Friends. Eu gostei bastante, mas sou suspeita para falar porque adoro comida asiática em geral.
Em seguida fomos a um rooftop bar chamado Monkey. Foi muito divertido. Os drinks estavam bons, a vista do alto do prédio (16º andar)  é muito bonita e o clima do ambiente é super descontraído.
Achei que foi uma boa amostra do que meus amigos me falaram da vida noturna da cidade.

Monkey Bar (um rooftop bar em Berlim)

No domingo tomamos café da manhã juntos num café chamado "What Do you Fancy Love?". Comemos um Bagel de Guacamole que estava maravilhoso.
Nos despedimos da Phina e fomos aproveitar nosso presente de casamento: uma massagem + um dia de SPA num  local chamado Vabali. A experiência foi sensacional. O lugar é muito chique e imita um hotel de Bali. A música ambiente é relaxante... O único detalhe é que, quando você chega nos ambientes do SPA, eles se dizem "Textile free" - vulgo nudistas! Tem que andar sem roupa, tomar sol sem roupa, ficar na piscina sem roupa... Isso nos intimidou um pouco, mas na Europa tem muitos lugares assim, hahaha. Foi bem engraçado! Um choque cultural grande.

Surpreendente Spa em Berlim

Após a nossa visita ao Spa, chegou a hora de nos encaminharmos para o aeroporto para voltar a Basel.

No trem a caminho do aeroporto


Eu me surpreendi muito positivamente com Berlim, pois achei que a cidade não teria nada mais a mostrar fora a vida noturna de que tanto ouvi falar. Mas de dia é uma cidade bastante jovem e vibrante, com muito a se fazer. A cidade é bonita e organizada, tem parques grandes, faixas de bicicleta, áreas verdes, cafés em todo canto. Realmente foi uma visita muito prazerosa. Claro que as boas companhias também contribuíram muito para deixar a viagem ainda melhor.

Mal posso esperar para voltar!